quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Casamento por conveniência
Na passada Sexta-feira, Warren Buffet, ao lado de Bill Gates, na CNBC, quando questionado sobre o que devemos fazer quando não sabemos o que fazer com as nossas vidas, responde, e cito, “Casem com a pessoa certa, e estou a falar a sério quando digo isto, [aplausos!] . Significará uma enorme diferença nas vossas vidas. Mudará as vossas aspirações, modificará tudo. É importantíssimo com quem casamos.” Já conhecíamos a expressão francesa “Cherchez la femme”, ou então, a de que “por detrás de um grande homem está sempre uma grande mulher”, cuja origem desconheço, que deduzo que funcionem também com a inversão do género ou na sua versão homossexual, não quero ser politicamente incorrecto; agora temos o “cuidado com quem casam pois disso depende conseguirem ou não os 100 biliões de dólares seguintes ”. Está bem, também diz que é importante trabalharmos sempre sem que a motivação principal seja o dinheiro, para uma pessoa ou uma instituição que admiramos e em algo que nos excita, mas o que me saltou à vista foi este conselho tão “conservador”. No fundo, estamos aqui perante a sublimação da “família” enquanto garantia do sucesso individual. Bem sei que Warren Buffet, apesar das suas qualidades empreendedoras, não é propriamente conhecido pelos seus comportamentos arrojados ou excêntricos, adjectivos que reserva seguramente para os seus investimentos. Basta pensar nas cartas que anualmente escreve aos accionistas da Berkshire Hathaway, como se dos seus filhos se tratasse. Mas será que um bom casamento é sinónimo de êxito empresarial? Neste caso, não sei o que andam a fazer as escolas de gestão por esse mundo fora, literalmente a devorarem orçamentos de empresas e famílias, quando bastaria que se organizassem bailes de debutantes ou encontros de “speed-dating”. E o que devemos fazer primeiro, casar ou iniciar um negócio? Deveremos concluir que não haverá “break-even” sem “honeymoon” [aplausos!]? O que pensaria Warren Buffet da "união civil registada"?
Solteiros do mundo, uni-vos!
Solteiros do mundo, uni-vos!
o problema das universidades é o de sempre, o corpo académico está-se nas tintas para a utilidade daquilo que ensina e em vez de proporcionar técnicas de engate ensina palermices aborrecidas.